A BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA.
A Biblioteca de Alexandria.
A MAIOR FONTE DE CONHECIMENTO DA ANTIGUIDADE.
A Origem e a Fundação da Biblioteca de Alexandria
A Biblioteca de Alexandria foi fundada por volta do início do século III a.C. na cidade de Alexandria, Egito, durante o reinado de Ptolomeu I Sóter, um dos generais de Alexandre, o Grande. O projeto foi idealizado para refletir a visão de Alexandre de transformar Alexandria em um centro de aprendizado e cultura.
Sob Ptolomeu II Filadelfo, a biblioteca floresceu e tornou-se o que muitos consideram o maior repositório de conhecimento do mundo antigo. Estima-se que ela abrigava centenas de milhares de pergaminhos, com textos de diversas partes do mundo conhecido, como Grécia, Ásia, Índia e Egito.
O Objetivo e o Funcionamento da Biblioteca
O objetivo da Biblioteca de Alexandria era ambicioso: reunir todo o conhecimento humano em um só lugar. Para isso, diversas estratégias foram empregadas, incluindo a compra de manuscritos de navios que atracavam no porto de Alexandria e a cópia de textos originais emprestados de outros lugares. O lema da biblioteca era claro: nenhum texto deveria ser excluído.
A biblioteca era parte do Mouseion, um complexo dedicado às musas, deusas das artes e ciências. Além de abrigar manuscritos, o local funcionava como uma instituição acadêmica, onde estudiosos de várias áreas se reuniam para estudar, debater e produzir novos conhecimentos.
Personagens de Destaque
Vários intelectuais e cientistas estiveram associados à Biblioteca de Alexandria, incluindo:
- Eratóstenes: Diretor da biblioteca e pioneiro no cálculo da circunferência da Terra
- Euclides: Matemático cujas obras sobre geometria são estudadas até hoje.
- Hipátia: Filósofa e cientista neoplatônica que contribuiu para a matemática e a astronomia.
- Herófilo: Médico conhecido por seus avanços no estudo do corpo humano.
O Conhecimento Alojado na Biblioteca
A Biblioteca de Alexandria continha textos sobre filosofia, literatura, matemática, medicina, astronomia, história e ciências naturais. Obras de Homero, Aristóteles, Sófocles e outros gigantes da cultura grega estavam entre os manuscritos. Também incluía escritos de civilizações como a egípcia, a indiana e a mesopotâmica, criando um rico mosaico de saberes.
A Destruição da Biblioteca: Mitos e Realidade
A destruição da Biblioteca de Alexandria é cercada de mitos e polêmicas. Não se sabe ao certo como ou quando ela foi destruída, mas há várias teorias:
- Júlio César: Durante a guerra civil romana em 48 a.C., César incendiou navios no porto de Alexandria, e o fogo pode ter atingido a biblioteca.
- Cristianização do Império Romano: Com a ascensão do cristianismo, obras consideradas pagãs foram destruidas.
- Conquista Árabe: Há relatos de que a biblioteca foi destruída após a conquista muçulmana de Alexandria, embora muitos historiadores questionem essa versão.
Provavelmente, a biblioteca não foi destruída de uma só vez, mas sim gradualmente ao longo de vários episódios.
O Impacto da Perda de Conhecimento
A destruição da Biblioteca de Alexandria representou um dos maiores retrocessos culturais da história. Textos únicos foram perdidos, incluindo tratados científicos, mapas e obras literárias. Muitos avanços que poderiam ter transformado a história humana foram apagados, forçando a civilização a redescobrir esse conhecimento séculos depois.
Por exemplo, manuscritos que poderiam conter ideias avançadas sobre medicina, astronomia e matemática desapareceram. Essa perda retardou o progresso científico durante a Idade Média.
A Biblioteca de Alexandria Hoje: Um Símbolo de Inspiração
Embora a biblioteca original tenha desaparecido, seu legado persiste. Em 2002, foi inaugurada a Biblioteca de Alexandrina, um moderno centro de aprendizado e cultura no Egito, inspirado no espírito da antiga biblioteca. Com milhões de livros e acesso a tecnologias modernas, ela representa uma tentativa de resgatar a essência do que Alexandria representou para o mundo antigo.
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